Se o “dono” do invicto Campeonato Português é o brasileiro Hulk, eleito o melhor da competição, na Liga Europa quem manda é seu companheiro Falcao García. E foi graças a mais uma cabeçada certeira do artilheiro colombiano, no fim do primeiro tempo - a única finalização certa do time nos 90 minutos -, que o Porto conquistou o seu terceiro título na temporada, ao vencer o Braga, em final portuguesa, por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Arena de Dublin, na Irlanda.
Ao lado de Hulk, Helton levanta o troféu da Liga Europa no meio da festa do Porto (Foto: Getty Images)
Este é o sétimo título do Porto fora de seu país, que vem de uma década vitoriosa com a antiga Copa da Uefa (e atual Liga Europa), em 2003, e Liga dos Campeões e Mundial, em 2004. Na temporada, é o segundo troféu levantado por Helton, Hulk, Falcao & Cia., que já levou o Campeonato Português de forma invicta e ainda pode conquistar a Taça de Portugal, no próximo domingo, em decisão contra o Vitória de Guimarães, em Lisboa.
Garantido na fase de grupos da próxima Liga dos Campeões, o Porto também irá concentrar seus esforços no mercado de transferências, entre junho e agosto, quando possivelmente receberá propostas por muitos de seus destaques, como Hulk e até o técnico André Villas-Boas.
Falcao García extravasa: 17 gols na Liga Europa e muitos deles decisivos, como o desta quarta (Reuters) Falcao García, o 'dono' da Liga Europa
Foram nove os brasileiros que começaram o jogo: Helton, Fernando e Hulk, por parte do Porto, e Arthur, Paulão, Vandinho, Paulo César, Alan e Lima pelo Braga. Marcio Mossoró e Kaká entraram no segundo tempo, enquanto Maicon, Souza, Walter e Leandro Salino ficaram no banco de reservas. Mas a estrela que brilhou foi a de outro sul-americano, e basicamente a mesma dos últimos jogos: a do colombiano Falcao García.
Hulk teve grande chance nos minutos iniciais (EFE) Hulk bem que tentou. Foi dele a grande primeira grande chance do Dragão, aos sete minutos. Na ponta direita, o brasileiro limpou Miguel Garcia com extrema categoria, passou por Rodríguez e chutou cruzado, por cima. A bola tirou tinta do ângulo direito de Arthur. O Braga já havia assustado pouco antes, aos quatro, com Custódio. Ele recebeu nas costas da zaga do Porto e bateu forte, da entrada da área. Passou perto.
Basicamente, foram as duas únicas oportunidades que chamaram a atenção em um primeiro tempo trucado, com um Porto irreconhecível em relação ao que alcançou média de quatro gols por partida no mata-mata da Liga Europa.
Só que quem conta com qualidade acima da média pode se dar a esse luxo. Aos 43, o colombiano Guarín avançou pela direita, cortou a marcação e cruzou na medida. O compatriota Falcao, em condição legal e muito bem colocado, só teve o trabalho de desviar de Arthur com a cabeça. Foi o seu 17º gol na competição, número recorde desde que superou o alemão Klisnmann. A festa parcial era do Porto.
Marcio Mossoró entrou no segundo tempo e desperdiçou grande chance logo a um minuto (Foto: Reuters)
Mossoró desperdiça chance do empate
O Braga voltou com duas mudanças - uma delas a de outro brasileiro, Mossoró, no lugar de Hugo Viana. E foi dele a chance que poderia mudar o jogo logo no primeiro minuto. Esperto, o meia aproveitou o cochilo de Fernando e roubou a bola com a defesa aberta. Ele avançou até a área e tentou deslocar de Helton, que fez grande defesa com o pé-direito. Um belo presente de aniversário para o goleiro brasileiro, que completou 33 nesta quarta.
O time do Minho jogava melhor, mas não era fácil penetrar na área adversária. E, diante do nervosismo, apelou para a violência desnecessária – na etapa final, foram quatro cartões amarelos para o Braga. Até o fim, houve apenas mais faltas, jogadas truncadas e contra-ataques sem sucesso por parte do Porto. Apesar da exibição não muito brilhante, a campanha falou por si só e o título acabou nas mãos certas.
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