Montevidéu amanhece orgulhosa após título: 24 horas de festa
Da expectativa pelo título no domingo à satisfaçao pela conquista nesta segunda, uruguaios vivem momentos históricos
Foram 24 horas de festa – ora mais contida, com a expectativa do jogo que se avizinhava, ora com aquela euforia a que só os campeões costumam ter direito. Montevidéu amanheceu orgulhosa da seleçao celeste nesta segunda-feira. Um dia depois do título da Copa América, a cidade começa a retomar seu ritmo habitual, mas ainda celebrando o feito realizado na Argentina.
Uma família sintetizou o sentimento na cidade. Um casal e seus três filhos saíram às ruas vestidos de Uruguai. Cobriram-se com bandeiras, colocaram a camisa celeste, até usaram perucas. Estavam muito orgulhosos de uma festa que nao acontecia há 16 anos, desde a Copa América de 1995.
Torcida uruguaia venceu o cansaço e desfilou com bandeiras e camisas pelas ruas de Montevidéu.
É até estranho que Montevidéu tenha despertado. Na prática, a cidade mal dormiu. Eram 3h, plena madrugada, quando o elenco campeão fazia festa no Centenário, diante de 30 mil pessoas. Loco Abreu, atacante do Botafogo, comandou as brincadeiras, de microfone em punho. É idolatrado no país.
Antes disso, os atletas ficaram quatro horas em um ônibus aberto, fazendo o trajeto, via avenida Itália, do aeroporto até o estádio. Eles não conseguiam andar rápido. No meio do caminho, havia milhares de pessoas acenando para eles, pegando frio, guerreando contra o cansaço. Eufóricos, os atletas pulavam no topo do veículo, acenavam do primeiro piso dele.
Idolatrado no país, Loco Abreu, atacante do Botafogo, comandou a festa com o microfone na mão.
Foi depois das 18h, com a confirmação do título, que Montevidéu viveu a melhor parte da festa. Mas a cidade respirava decisão desde bem antes. Por volta do meio-dia do domingo, milhares de torcedores já estavam nas ruas, à espera do duelo com o Paraguai. Dez mil se aglomeraram diante de um telão, no centro da cidade. Os gols de Suárez e Forlán, duas vezes, deixaram a cidade em um ruído constante de gritos, foguetes, buzinas.
A 18 de Julio, principal avenida da cidade, foi tomada de uruguaios. Foi dali que eles partiram para o aeroporto, para os bairros afastados do centro, para o Centenário. A festa teria sido ainda maior no estádio se o comboio não demorasse tanto tempo para chegar lá. Cerca de 20 mil pessoas desistiram de esperar e foram para casa.
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